CropLife Latin America

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O compromisso com a tecnologia consolidará a América Latina como o celeiro do mundo

"Precisamos educar os agricultores, para evitar que fiquem traz do crescimento das tecnologias e promover o aumento em sua pro produção, para garantir a segurança alimentar e para o mundo alcançar os objetivos de desenvolvimento propostos pelas Nações Unidas", disse Perdomo.

Foro Innovación

José Perdomo, presidente Executivo da CropLife Latin America; Caio A. Carbonari professor da Universidade Júlio de Mesquita UNESP y Elizabeth Nascimento, professora doutora de Toxicologia da USP. 

Brasilia, 27 jun (EFE) 2019.- Uma aposta maior na tecnologia e na educação dos agricultores consolidará a América Latina como o maior produtor mundial de alimentos, afirmou na quinta-feira, 27 de junho, o presidente Executivo da CropLife Latin America, José Perdomo. 

“Todo mundo precisa de alimentos mais saudáveis e mais baratos”, afirmou Perdomo durante o Fórum International Inovação para Sustentabilidade na Agricultura, realizado pela ANDEF e CropLife Latin America, em Brasíllia. Onde se falou sobre a realidade na agricultura da América Latina.


Perdomo fez um resumo do extraordinário potencial da região e de sua realidade como celeiro do mundo, mas ressaltou a necessidade de melhorar o desenvolvimento tenológico e a educação dos pequenos agricultores, muitos dos quais estão à margem desse processo de modernização”.

 
A América Latina representa 13%  da produção agrícola global, 16% das exportações do setor e acumula 23% da terra cultivável disponível no planeta, junto com  30% das reservas de água doce e 25% das florestas, disse Perdomo.

Além isso, contribui  com 30% da carne, el 60% da banana  e  59% do café consumido no mundo, e tem o Brasil como o maior produtor de cana-de-açúcar, café e suco de laranja, entre outros alimentos.

A Argentina  lidera a produção mundial de limões, a Guatemala o cardamomo, o Peru a quinua e o México o abacate, como Colômbia é a maior exportadora de  cravos do mundo, entre outros exemplos citados por Perdomo.

Para Perdomo, o ranking dos países latino-americanos nos setores agrícolas globais serão mais determinantes se promoverem uma maior educação e acesso às tecnologias que estão revolucionando os métodos de produções no mundo.

O uso da nanotecnologia para melhorar a eficácia dos defensivos agrícolas ou a aplicação da tecnologia CRISPR, a qual permite uma "edição genética" que já tem melhorado a resistência do arroz para certas bactérias ou  diminuído a quantidade de gorduras "trans" ou glúten em outros produtos.

Jose Perdomo afirmou que a indústria investe cerca de  US$7.3 bilhões ao ano em pesquisa e desenvolvimento de soluções para proteção de cultivos, sementes e biotecnologia;

mais do que "os orçamentos de países como Costa Rica ou Guatemala", o que gera um avanço tecnológico constante e acelerado, que deve atingir tanto quanto os pequenos produtores.


Neste contexto, também falou que 30% da população mundial trabalha na agricultura, um setor que tem 500 milhões de pequenos produtores que são responsáveis por  50% dos alimentos consumidos no planeta.

Apesar disso, esses pequenos agricultores são os mesmos que tem um aceso e desenvolvimento tecnológico muito baixo,  por isso que precisamos ter programas que envolvam os setores públicos e privados e facilitem a capacitação desses agricultores.

"Precisamos educar os pequenos agricultores, para evitar que fiquem cada vez mais para trás  e também promover um aumento em sua  produção, o quea ajudará a  garantir a segurança alimentar e para o mundo alcançar os objetivos de desenvolvimento propostos pelas Nações Unidas, disse Perdomo.


A CropLife Latin America, trabalha nesse sentido e só em 2018 capacitou a 230.000 agricultores em boas práticas e também desenvolveu  um programachamado CampoLimpio, através do  qual foram recuperadas mais de 60.000 toneladas de embalagens usadas pelos produtores.

"A pior praga é a desinformação", resumiu Perdomo, que citou também entre os "desafios" pendentes a melhoria do "diálogo entre o campo e a cidade", porque muitas vezes a população urbana desconhece por completo o trabalho que está por trás de cada alimento "encontrados no supermercado". EFE